Médicos explicam sobre sintomas e cuidados preventivos e de acompanhamento aos casos, que já somam 66% do total de internados na UTI da unidade do Governo de Goiás
O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad)
alerta pais e responsáveis para evitarem a contaminação de crianças por agentes
causadores de doenças respiratórias. A diretora-geral da unidade, Mônica Costa,
destacou que as internações por síndromes respiratórias na Unidade de Terapia
Intensiva correspondem a mais de 66% do total. Mas os registros de contaminação
ocorrem desde o início do ano, com picos em março e abril, quando o atendimento
ultrapassou 43% do total no pronto-socorro.
Segundo o diretor técnico da unidade do Governo de Goiás,
André Resende, o cenário é influenciado pela chegada do outono e a sazonalidade
da circulação de determinados vírus. “É uma época típica de intensificação da
disseminação de vírus que acometem mais as crianças, como o da influenza e o
vírus sinicial respiratório”, explica o pediatra.
“Os pais devem manter o cartão de vacinas das crianças
sempre atualizado, criar o hábito de higienizar corretamente as mãos e fazer
também a higienização das mãos das crianças, além de preferir ambientes bem
ventilados e evitar aglomerações”, aconselha. “Outro ponto muito importante é
não enviar a criança para a creche, berçário ou escola, se ela está doente,
porque ela irá contaminar outras crianças e ampliar ainda mais a disseminação
de doenças respiratórias”, orienta, ainda, o médico.
Os sintomas mais comuns de doenças respiratórias são coriza,
congestão nasal, tosse e febre. “A febre, em uma gripe comum, dura de um a três
dias. Quando a mãe já tentou controlar esse quadro febril com antitérmico e
mesmo assim a febre persiste por mais tempo é um sinal de alerta, e os pais
devem procurar ajuda médica”, detalha André Resende.
Outros pontos de atenção são falta de apetite, cansaço e
dificuldade para respirar. “Nesses casos, é importante que a criança seja
avaliada por um profissional na Unidade Básica de Saúde (UBS ou Cais) mais
próxima, ou em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Nos casos de média e
alta complexidade, a UBS ou UPA fará o encaminhamento da criança para unidades
como o Hecad”, afirma.
CUIDADOS COM AS CRIANÇAS
• Manter o cartão
de vacinas atualizado
• Intensificar a
higienização das mãos
• Evitar
aglomerações
• Manter o cartão
de vacinas atualizado
• Afastar a criança
com sintomas de gripe da escola/creche
• Dar preferência a
ambientes bem ventilados
• Evitar contato
com pessoas com sintomas de gripe
QUANDO PROCURAR AJUDA MÉDICA
• Recusa alimentar
• Prostração (mesmo
que sem febre)
• Dificuldade para
respirar
• Febre persistente
por mais de 72 horas
• Sonolência
excessiva
Foto: Iron Braz/Secretaria de Estado da Saúde – Governo de
Goiás
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