Pesquisa do IBGE com dados consolidados de 2020 mostra avanços no setor agropecuário de 9,9%, e de 0,4% na Indústria. Resultado do relatório de Contas Regionais foi divulgado nesta quarta-feira (16/11).
Goiás ocupa a segunda colocação como economia mais forte do
Centro-Oeste Brasileiro e a nona posição dentre as maiores economias do país
durante o período pandêmico, de acordo com o Estudo das Contas Regionais,
divulgado nesta quarta-feira (16/11) pelo IBGE, com dados consolidados do
Sistema de Contas Regionais de 2020. Em 2020, a agropecuária goiana avançou em
volume 9,9% (segunda maior taxa nos últimos 9 anos) e a indústria 0,4% (segunda
maior taxa nos últimos 6 anos), em comparação com o ano anterior.
Nessa mesma análise, essas duas atividades tiveram
incremento em valores correntes de R$ 7,8 bilhões e R$ 7,9 bilhões
respectivamente, sendo os maiores incrementos absolutos no valor adicionado em
21 anos, ou seja, desde 2002. Também em 2020, durante o início do período
pandêmico, o PIB goiano teve incremento de R$ 15,5 bilhões em relação ao ano
anterior, totalizando em R$ 224,1 bilhões, o que lhe conferiu a sexta colocação
em termos de variação do PIB, no ranking dos estados.
Para o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, o
estudo comprova a boa atuação do Governo de Goiás diante da pandemia de
Covid-19. “Muito se falou que a economia sofreria um colapso, o que de fato não
aconteceu. Nossa produção agrícola cresceu, assim como a Indústria. Acertamos
em proteger a vida dos goianos e nas ações de retomada da economia. Garantimos
renda para famílias em situação de vulnerabilidade com programas como Mães de Goiás,
Escola do Futuro, COTECs, capacitação profissional, além de outras ações e
programas estaduais voltados para quem mais precisava. Tanto que nosso PIB
cresce acima da média nacional desde o fim do ano passado”, lembra o titular da
SGG.
No ranking da taxa de crescimento (variação do volume),
Goiás ficou na sexta colocação com uma queda de 1,3% ante queda de 3,3% da
média nacional. Apenas duas unidades da federação apresentaram crescimento
positivo: Mato Grosso do Sul (0,2%) e Roraima (0,1%). Provocada pela restrição
de circulação de pessoas durante a pandemia da Covid-19, o setor de serviços
apresentou queda de 3,5%. Apesar disso, entre 2019 e 2020, houve crescimento
nas atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,5%), nas
atividades imobiliárias (1,4%) e nas as atividades profissionais, científicas e
técnicas, administrativas e serviços complementares (1,3%).
AGRICULTURA
Analisando de forma mais detalhada o avanço do PIB na
agropecuária, o estudo mostra que a produção goiana de cereais, leguminosas e
oleoginosas teve alta de 6,8%, quando comparado ao ano anterior. O estado
também liderou a produção de girassol, sorgo e tomate, ocupando a segunda
posição na produção de alho e a terceira no cultivo de soja, milho, feijão e
cana de açúcar.
Na pecuária, o crescimento do rebanho bovino foi de 3,5%,
mantendo o estado na segunda posição do ranking nacional com 23,6 milhões de
cabeças, o que configura 10,8% de todo rebanho bovino brasileiro. Enquanto a
produção de caprino aumentou 1,1%, de equino 0,2% e galináceos 5,7%. A
Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita, teve um bom
desempenho e cresceu 13,6%, com maior contribuição da expansão da produção de
soja nos municípios goianos.
INDÚSTRIA
A Indústria, em 2020, apresentou avanço em volume de 0,4%,
na comparação com o ano anterior. A Indústria de transformação cresceu 0,9% e o
setor de Eletricidade, gás, água e esgoto, atividades de gestão de resíduos e
descontaminação apresentou alta de 3,5%. O crescimento da Indústria goiana,
entretanto, foi limitado pelas demais atividades deste grupo, já que houve
queda em volume em Indústrias extrativas (-3,0%) e a Construção (-2,4%).
Fotos: Secom/Secretaria-Geral de Governo – Governo de Goiás
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