domingo, 30 de maio de 2021

DONA MARIA GOIANA ENSINA FAZER O DOCE DE CASTANHA DE BARU COM LEITE


A agricultora familiar Maria Piedade Evangelista, a Dona Maria Goiana, ensina os segredos para fazer o delicioso doce de castanha de baru com leite, direto do Sítio Pontalina no Município de Itapirapuã-GO, 25/05/2021.

Dona Maria Goiana explica que são necessários cinco litros de leite, uma colher de chá bicarbonato, uma colher de chá de sal, um quilo de açúcar, 250 gramas de castanha de baru triturada. (Uma porção de cerca de cinqüenta gramas do baru é utilizada no final como decoração dos potes de doce).



O açúcar é levado ao fogo, de preferência em uma panela grande para caramelizar. O leite é colocado em seguida devendo ser mexido em fogo médio até chegar “ao ponto” do doce pingo de leite, em pasta. A castanha do baru é colocada na panela já fora do fogo, para na cozinhar. É bom “bater” bem. Já frio o doce é colocado em potes que recebe a decoração com as castanha que sobrou.




O BARU

O baru (nome científico: Dipteryx alata) é o fruto do barueiro (ou baruzeiro) árvore nativa do Cerrado brasileiro. Também chamado de cumbaru, o fruto pode ser encontrada nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal. Com menor frequência no Maranhão, Tocantins, Pará, Rondônia, Bahia, Piauí e norte de São Paulo.

O baru é um fruto formado por uma casca dura com uma amêndoa saborosa e de alto valor nutricional em seu interior, chamada de castanha-de-baru. Possui apenas uma semente por fruto, mas também é possível aproveitar sua polpa e o endocarpo.



As castanhas têm sabor parecido ao do amendoim e são utilizadas na culinária regional como substitutas de outros tipos de oleaginosas, em pães, biscoitos, cremes, molhos, entre outros. A castanha-de-baru também pode ser consumida in natura (torradas) ou ser transformada em óleo natural.

O baru também é utilizado pelas populações do Cerrado por suas propriedades medicinais. As castanhas são ricas em ferro, tornando-se grandes auxiliares no combate à anemia. A elas também são associadas propriedades afrodisíacas, o que deu ao baru o apelido "viagra do cerrado". O motivo é a grande quantidade de zinco presente nas castanhas, sendo considerado o mineral mais importante para a fertilidade feminina e masculina. O óleo da castanha-de-baru possui propriedades anti-reumáticas e contém ômega-6 e ômega-9: substâncias importantes na prevenção da hipertensão e na redução do colesterol total e do colesterol ruim.



O baru é uma fonte importante de proteínas, com cerca de 26% de teor na sua composição. Ele é rico em aminoácidos, ácidos graxos, fibras, minerais, ferro e zinco.

O baruzeiro é uma árvore imponente com copa densa e arredondada de crescimento rápido, podendo alcançar mais de 25 metros de altura, com tronco de até 70 cm de diâmetro. Com vida útil em torno de 60 anos, a espécie está ameaçada de extinção devido à extração predatória de madeira. Ele possui madeira nobre de alta qualidade e por este motivo já sofreu alto índice de devastação devido ao seu alto valor no mercado madeireiro.

A primeira frutificação acontece normalmente quando a árvore completa 6 anos, mas o  tempo pode variar de acordo com as condições do solo e água. Normalmente apresenta uma safra produtiva de 2 em 2 anos, onde cada árvore chega a produzir 150kg de fruto. As épocas de desenvolvimento de flores e frutos variam de acordo com a região. Normalmente, a floração acontece nos meses de janeiro e fevereiro. Os novos frutos começam a surgir entre março e junho, amadurecendo nos meses de julho a outubro.  A colheita ocorre geralmente após o pico de queda dos frutos maduros.

Informações sobre o baru: Central do Cerrado.









 

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