Governador foi entrevistado pelas rádios Jovem Pan e Bandeirantes nesta quinta-feira (1º/06) e repercutiu participação em CPI do MST, instalada na Câmara Federal
O processo da Reforma Agrária no Brasil precisa ser
debatido, mas de uma forma responsável, e de forma que permita às famílias
superarem a pobreza. Assim definiu o governador Ronaldo Caiado, ao Jornal da
Manhã, da Jovem Pan, em entrevista na manhã desta quinta-feira (1º/6). A
entrevista repercutiu sua participação como convidado na Comissão Parlamentar
de Inquérito (CPI) que investiga as invasões do Movimento dos Trabalhadores
Rurais sem Terra (MST), na Câmara dos Deputados, ontem em Brasília.
“Esse processo precisa ser debatido, mas de uma forma responsável. A pessoa está assentada, não simplesmente jogada ali”, disse o governador, que se respaldou em dados do censo agropecuário de 2017. Segundo o documento, 87 milhões de hectares são utilizados para assentar 970 mil famílias, sendo 24 mil em Goiás, com renda média mensal de toda a família de meio salário mínimo, o que em valores atualizados corresponde a pouco mais de R$ 600,00.
Na avaliação de Caiado, é altamente questionável o processo
em que cidadãos são submetidos a uma situação precária, sem alternativas para
desenvolver qualquer atividade que promova sua emancipação da condição de
vulnerabilidade. “Esse é o convite que eu fiz aos membros da CPMI: para que
fossem também até a região próxima a Brasília, onde lá tem milhares pessoas que
foram assentadas por governos anteriores”, afirmou o governador. “Vá ver a
maneira como essas pessoas estão vivendo. Em condição sub-humana. Isso não pode
ser chamado de reforma agrária”, criticou.
Ainda segundo o governador, o processo de distribuição de
terras improdutivas no País é devidamente regulamentado e o uso de força e
truculência é algo que já deveria estar superado. “É inadmissível que até nos
dias de hoje as pessoas preguem a tese de que só se resolve no processo de
invasão, de desrespeito ao direito de propriedade e poder se definir como o
julgador do que é e do que não é produtivo e improdutivo. Isso não existe em
nenhuma democracia no mundo”, disse.
Os debates em Brasília renderam momentos acalorados. Mas, no
entendimento de Caiado, é algo característico do Parlamento. “A beleza do
Parlamento é o debate. Nós somos habituados. Passei seis mandatos naquela Casa
e é normal mesmo que às vezes tenha aquele debate regimental, na tentativa de
às vezes procrastinar o período da sessão; para que se interrompa ali os
depoimentos. Mas tivemos a oportunidade de deixar claro o sentimento que deve
prevalecer hoje no Brasil”, comentou.
ESTADO MAIS SEGURO DO PAÍS
Caiado também foi o entrevistado do Manhã Bandeirantes, com
José Luiz Datena, no qual, além deste assunto, tratou de outros temas como
segurança pública. Sobre a questão, falou do seu objetivo de tornar Goiás uma
referência e modelo a ser copiado no País. “Não conheço democracia nenhuma no
mundo onde não tenha segurança pública. E hoje posso dizer sem nenhum medo de
errar, posso afirmar: que hoje Goiás é o estado mais seguro do País”.
O líder do Executivo frisou que o padrão de excelência de
segurança pública é praticado seja no setor urbano, seja no rural, e que esse
avanço advém da conjunção de três aspectos. “Nós conseguimos, primeiro, pela
profissionalização, a competência das nossas forças de segurança. Segundo,
porque nós autorizamos que eles trabalhassem. Ou seja, quando eu assumi o
governo eu disse: ou bandido muda de profissão ou muda de Goiás. Essa regra
prevalece aqui. Terceiro lugar, aparelhando a nossa polícia, em condições de
ter o enfrentamento em igualdade de condições”, citou.
Fotos: Secom/Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás
Nenhum comentário:
Postar um comentário