Proposta de R$ 301 milhões dentro da LOA votada na Assembleia Legislativa é superior aos valores que foram repassados à instituição na gestão anterior.
O orçamento de R$ 301 milhões aprovado para a Universidade Estadual de Goiás (UEG) pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) esta semana, junto com a Lei Orçamentária Anual (LOA), é o maior dos últimos anos. A proposta inicial de orçamento para 2021 era de R$ 251,2 milhões, porém emenda da bancada governista, com orientação e anuência do Executivo, aumentou o valor em mais R$ 50 milhões.
De acordo com o secretário-chefe Geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima, a ideia de início era que os valores a mais fossem sendo suplementados ao longo do ano, mas que o governo decidiu antecipar a ação. “Como ainda dava tempo de fazer o ajuste, decidimos resolver agora mesmo”, explicou o secretário. Adriano era o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação (SEDI), à qual a UEG é jurisdicionada, quando ocorreu o processo de reestruturação que levou à otimização da universidade.
Conforme dados do Governo de Goiás, levando-se em consideração o modelo anterior de vinculação de 2% da arrecadação líquida de alguns impostos, o orçamento da UEG em anos anteriores foi de R$ 238,5 milhões em 2018, R$ 274,8 milhões em 2019 (aprovado ainda na gestão anterior), R$ 293,3 milhões em 2020 (no atual governo) e, agora, em 2021, seria de 287 milhões, mas passa a ser de R$ 301 milhões. Acima dos 2% de vinculação do modelo anterior.
Desde o ano passado, os recursos para a Universidade Estadual de Goiás deixaram de ter vinculação direta com a arrecadação do Estado e passaram a estar inclusos dentro dos 25% de gastos obrigatórios da Educação em Goiás. De toda maneira, o secretário Adriano da Rocha Lima explica que isso não interfere nos valores finais repassados à instituição.
REESTRUTURAÇÃO
Desde o início de 2020 está em curso na UEG um processo de reordenamento administrativo e acadêmico. Do ponto de vista administrativo, a reorganização tem por objetivo otimizar a instituição. Ela passou, por exemplo, a contar com oito câmpus regionais e 33 unidades universitárias ligadas a eles. Anteriormente, eram 41 câmpus sem muita integração entre si. Já sob a ótica acadêmica, para se ter ideia, o novo modelo passa a contar com os institutos acadêmicos, aos quais os professores se integram pela área de formação, e com apenas uma grade de curso de determinada área para todo o Estado. Antes, era possível encontrar vários cursos de uma mesma área com a matriz variando de uma cidade para outra.
Em 2020, mesmo em um contexto de pandemia e em processo de reestruturação, a UEG não deixou de apresentar resultados positivos. Ela tem, por exemplo, cinco cursos, entre os 12 avaliados, com nota alta no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), divulgado em outubro pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os cursos obtiveram nota 4 (em uma escala que vai de 1 a 5) com base nas provas realizadas em novembro do ano passado com alunos concluintes. Para o Ministério da Educação (MEC), as notas 4 e 5 são consideradas excelentes. Além disso, quatro cursos da UEG tiveram nota 3, considerada boa, e apenas três ficaram com nota 2, baixa.
E, depois de ser destaque no Enade, a UEG alcançou novo resultado positivo na avaliação do Guia da Faculdade 2020. Produzido em parceria pelo jornal O Estado de São Paulo e a startup educacional Quero Educação, o guia é uma das publicações mais abrangentes e atualizadas sobre a educação superior nacional, sendo referência aos pré-universitários.
A instituição figura nesse guia do Estadão, divulgado também em outubro, com 20 cursos avaliados com 4 estrelas (notas consideradas muito boas pelos organizadores) e 29 cursos com 3 estrelas (notas boas).
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