Uma audiência com o governador Marconi Perillo no Palácio
Pedro Ludovico Teixeira, com numerosa comitiva composta por produtores
irrigantes que integram a APROVA SUSTENTÁVEL - Associação dos Produtores do
Vale do Araguaia, com o apoio do senador Wilder Morais, e de dez prefeitos da
Região do Vale do Araguaia: Wilson Santos (Jussara), Zélia Camelo de Oliveira (Itapirapuã),
José Elias (Aragarças), Cícero da Bebedouro (Montes Claros de Goiás), Lia (Santa
Fé de Goiás), Marconi Pimenta (Britânia), Cláudia Valéria (Matrinchã), Hermano
de Carvalho (Aruanã), Afrânio (Fazenda Nova), Sebastião Sabino (Novo Brasil).
Também presentes na audiência o presidente da FAEG José Mário Schreiner, os
deputados estaduais Virmondes Cruvinel, Hélio de Sousa, Marquinho Palmerston, o
presidente do TCM Joaquim Alves de Castro Neto.
Os produtores buscam a regulamentação da irrigação na Região
do Vale do Araguaia, e maior celeridade na análise e conclusão dos pedidos de
licenças ambientais nos órgãos responsáveis.
Mais de 1.200.000 sacas de feijão deixarão de serem
produzidas na safra que já estaria em curso, o que provoca a demissão de quase
600 famílias. Mais de 70 pivots estão
embargados afetando toda região que deixará de produzir alimentos e receitas
para os Municípios e para o Estado. Um retrocesso no desenvolvimento, com
prejuízos para toda uma cadeia agregada, que movimenta números fantásticos com
comércio desde combustível, fretes, autopeças, oficinas, insumos, e
principalmente, mão-de-obra.
O terror com a criminalização dos produtores assusta, e
atinge vários municípios como Jussara e Santa Fé de Goiás, mas a varredura
feita por órgãos ambientais chega ao Município de Montes claros de Goiás e
deverá se alastrar por todo o Vale do Araguaia.
“Esta região envolve também Mato Grosso além de Goiás. O Rio
Araguaia, que é uma das principais bacias hidrográficas do Brasil, corta os
dois Estados, e a sua preservação é interesse dos produtores rurais, legítimos
representantes de gente que trabalha e agrega valor a região do Vale, é a
manifestação pura de quem só deseja condições de produzir, respeitando nosso
bioma”.
ENCAMINHAMENTO
Como desdobramento da audiência com o governador, a comitiva se dividiu em dois
grupos, um se reuniu com Vilmar Rocha, Secretário de Estado de Infraestrutura,
Cidades, Assuntos Metropolitanos, Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Secima) e
o outro com Dr. Benedito Torres, procurador geral de justiça. Outro encontro,
já a noite, com o governador Marconi Perillo juntamente com o Senador Wilder
Morais e produtores irrigantes. Nessa série de conversações começou a delinear
uma solução para o caso.
Em reunião com o secretário Vilmar Rocha, foi apresentada a
possibilidade de abertura a um Termo de Ajustamento de Conduta/TAC que permita que
as culturas em andamento, mas com processos ambientais em análise ou
protocolados na SECIMA, possam prosseguir sem embargos. Foi agendada para segunda-feira uma reunião com o secretário
e técnicos na tentativa de um acordo para todas plantarem com um mínimo de
segurança quanto a embargos.
ESTUDOS MOSTRAM QUE A IRRIGAÇÃO PROMOVE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS PELA PECUÁRIA EXTENSIVA
Estudos mostram “para além dos aspectos de produtividade e
dos ganhos ambientais, que a irrigação na região do vale do Araguaia elevou a
qualidade de vida para patamares nunca vistos antes através da melhoria dos
aspectos econômicos e sociais por meio do emprego direto de mais de 500
famílias, aumento do PIB (Produto Interno Bruto) da região, melhoria dos
salários, maior empregabilidade, melhoria da estrutura dos municípios pelo
aumento da arrecadação, dentre outros.
A sucessão da antiga atividade de pecuária extensiva, de
baixo rendimento, pautada em poucas unidades animais por hectare e pastagens
degradadas, para a agricultura irrigada sustentável na região, trouxe diversos
ganhos ambientais advindos, dentre outros, do uso de técnicas de conservação do
solo pela cobertura vegetal durante todo o ano pela prática do sistema de
plantio direto, maior infiltração de água no solo pelas acumulações em
barragens e pela própria irrigação, favorecendo o abastecimento do lençol
freático e perenização de cursos hídricos até então intermitentes, além da
patente regularização ambiental pela qual toda a região passa atualmente, com
vistas a reparar antigas práticas advindas do histórico de ocupação da região,
por meio da realização de recuperação de áreas degradadas, melhor ordenamento
do uso e ocupação do solo, desenvolvimento de atividades de conscientização e
educação ambiental, dentre outras.
Nos aspectos econômico-sociais a atividade de produção de
alimentos na região impacta diretamente no incremento da renda dos municípios,
aumento do PIB da região - Jussara, por exemplo, aumentou em 1,62 vezes o PIB
per capta de 2010 para 2014 - melhorias dos salários, maior empregabilidade,
melhoria da estrutura dos municípios pelo aumento da arrecadação, dentre
outros.
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