Goiás tem 327 casos confirmados de varíola dos macacos/Monkeypox e 485 casos suspeitos conforme o Informe de Situação Epidemiológica do Brasil nº 56 divulgado pelo Ministério da Saúde em 12 de setembro.
O QUE É MONKEYPOX
A Monkeypox (MPX), varíola dos macacos ou varíola símia é
uma doença causada pelo Monkeypox vírus, do gênero Orthopoxvirus e família
Poxviridae. Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para
humanos pode ocorrer por meio do contato com:
- animal silvestre (roedores) infectado
- pessoa infectada pelo vírus monkeypox
- materiais contaminados com o vírus.
SINAIS E SINTOMAS
Os sinais e sintomas, em geral, incluem:
Erupções cutânea ou lesões de pele
Adenomegalia - Linfonodos inchados (ínguas)
- Febre
- Dores no corpo
- Dor de cabeça
- Calafrio
- Fraqueza
O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus
até o início dos sinais e sintomas da monkeypox (período de incubação) é
tipicamente de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
Após a manifestação de sintomas como erupções na pele, o
período em que as crostas desaparecem, a pessoa doente deixa de transmitir o
vírus a outras pessoas. As erupções na pele geralmente começam dentro de um a
três dias após o início da febre, mas às vezes, podem aparecer antes da febre.
As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro
ou amarelado, podendo formar crostas, que secam e caem.
O número de lesões em uma pessoa pode variar de algumas a milhares de lesões. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, olhos, órgãos genitais e no ânus.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da monkeypox é realizado de forma
laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético. O teste para
diagnóstico laboratorial será realizado em todos os pacientes com suspeita da
doença. A amostra a ser analisada será coletada, preferencialmente, da secreção
das lesões.
Quando as lesões já estão secas, o material encaminhado são as crostas das lesões. As amostras estão sendo direcionadas para os laboratórios de referência no Brasil.
ESTOU DOENTE: O QUE FAZER?
Se você achar que tem sintomas compatíveis de monkeypox, procure uma unidade de saúde para avaliação e informe se você teve contato próximo com alguém com suspeita ou confirmação da doença. Se possível, isole-se e evite contato próximo com outras pessoas. Higienize as mãos regularmente e siga as orientações para proteger outras pessoas da infecção.
TRANSMISSÃO
A principal forma de transmissão da monkeypox ocorre por meio
do contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e exposição próxima e
prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias.
Ocorre, principalmente, por meio do contato direto pessoa a
pessoa com as erupções e lesões na pele, fluidos corporais (tais como pus,
sangue das lesões) de uma pessoa infectada. Úlceras, lesões ou feridas na boca
também podem ser infectantes, o que significa que o vírus pode ser transmitido
por meio da saliva.
A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente
contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios
e pratos, que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa
doente.
Já a transmissão por meio de gotículas, normalmente, requer
contato próximo prolongado entre o paciente infectado e outras pessoas, o que
torna trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos, pessoas com maior
risco de infecção.
Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam até a erupção ter cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se formar. A doença geralmente evolui para quadros leves e moderados e pode durar de 2 a 4 semanas.
PREVENÇÃO
A principal forma de proteção contra a monkeypox é a
prevenção. Assim, aconselha-se a evitar o contato direto com pessoas com
suspeita ou confirmação da doença. E no caso da necessidade de contato (por
exemplo: cuidadores, profissionais da saúde, familiares próximos e parceiros,
etc.) utilizar luvas, máscaras, avental e óculos de proteção.
Pessoas com suspeita ou confirmação da doença devem cumprir
isolamento imediato, não compartilhar objetos e material de uso pessoal, tais
como toalhas, roupas, lençóis, escovas de dente, talheres, até o término do
período de transmissão.
Lave regularmente as mãos com água e sabão ou utilize álcool
em gel, principalmente após o contato com a pessoa infectada, suas roupas,
lençóis, toalhas e outros itens ou superfícies que possam ter entrado em
contato com as erupções e lesões da pele ou secreções respiratórias (por
exemplo, utensílios, pratos).
Lave as roupas de cama, roupas, toalhas, lençóis, talheres e objetos pessoais da pessoa com água morna e detergente. Limpe e desinfete todas as superfícies contaminadas e descartar os resíduos contaminados (por exemplo, curativos) de forma adequada.
TRATAMENTO
Ainda não há medicamento específico e aprovado para o tratamento da monkeypox no Brasil. Hoje o tratamento da monkeypox no país é baseado em medidas de suporte com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e evitar sequelas.
Fonte: (https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/variola-dos-macacos).
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