Ação Direta de Inconstitucionalidade é liderada por União Brasil e pelo MDB do vice-governador Daniel Vilela e busca isentar consumidores sobre excedente de energia fotovoltaica injetada na rede. Governador trabalha para ressarcir o imposto já cobrado no mês de dezembro.
O governador Ronaldo Caiado e O vice-governador, Daniel
Vilela, respectivamente presidentes estaduais do União Brasil e do MDB,
ingressaram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás (TJGO) nesta sexta-feira (24). O objetivo é a
suspensão imediata da cobrança de ICMS sobre o excedente de energia elétrica
gerada e injetada na rede de distribuição por centrais de microgeração e
minigeração de energia solar.
“O Estado de Goiás está sendo prejudicado por uma imposição
de âmbito federal que penaliza uma fonte limpa e sustentável de energia. A
cobrança desse imposto é inadmissível e, por isso, ingressamos com esta ação
para que sua inconstitucionalidade seja reconhecida e a cobrança seja suspensa
de forma definitiva”, declarou o governador Ronaldo Caiado em entrevista na
manhã desta sexta-feira (24).
A cobrança começou após uma imposição da Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) e de uma Lei Federal aos estados. Para reverter a
situação, o Governo de Goiás também busca junto ao Conselho Nacional de
Política Fazendária (Confaz) a revogação da tributação, já que, por estar em
Regime de Recuperação Fiscal (RRF), Goiás não pode isentar o ICMS sem
autorização prévia do órgão.
Na ação judicial, Caiado e Vilela argumentam que a
Constituição Estadual não permite a incidência de ICMS sobre o excedente de
energia gerada e injetada na rede elétrica. Segundo eles, os geradores de
energia fotovoltaica não realizam operações mercantis, pois a energia injetada
funciona como compensação por consumo anterior da rede pública, sem
caracterizar circulação de mercadoria.
Além disso, Caiado determinou estudos para garantir a
devolução aos consumidores do imposto cobrado em dezembro passado. O governador
já manifestou ser contrário à cobrança e ao aumento de impostos,
posicionando-se como defensor de medidas que aliviem o custo para os cidadãos e
para o setor produtivo.
Com a judicialização do tema e esforços políticos em
andamento, União Brasil e MDB reforçam o compromisso de não aumentar o custo,
proteger os geradores de energia solar e estimular o uso de fontes renováveis
em Goiás. “O meu compromisso é de não aumentar a carga tributária. O Brasil não
suporta mais qualquer aumento de imposto. O país está andando para trás porque
o Governo Federal só sabe taxar”, concluiu o governador.
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