Merenda saudável, nutritiva e diversificada chega a 476 mil estudantes da rede estadual de ensino; 30% dos alimentos utilizados no preparo das refeições vêm da agricultura familiar
Galinhada; feijão tropeiro; arroz com estrogonofe, carne de
sol ou linguiça; biscoito de queijo com suco; torta; frutas e verduras fazem
parte do cardápio servido aos estudantes da rede estadual de ensino. Com apoio
do Governo de Goiás, as escolas ofertam variados alimentos, com foco na saúde
de quem precisa de energia e saciedade para aprender melhor. Somente neste
semestre, o Estado destinou R$ 31 milhões à merenda escolar, valor que
incorpora reajuste de 300% na verba, aplicado em 2022.
“É dinheiro que investimos para dar qualidade de vida aos
nossos estudantes”, afirma o governador Ronaldo Caiado. Assim, a Secretaria de
Estado da Educação (Seduc), além de cumprir à risca o recomendado pelo Programa
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) do governo federal, investe fortemente
na melhoria da merenda. São cerca de 800 mil refeições por dia em 998 unidades
escolares, responsáveis pelo atendimento a 476.843 estudantes dos ensinos
fundamental, médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA).
O investimento crescente e regular é reconhecido pelos
estudantes, que atestam a qualidade da comida servida. A jovem Yasmin Castro,
de 17 anos, está na 3ª série do ensino médio do Colégio Estadual Jornalista
Luiz Gonzaga Contart, de Goiânia, e se alimenta na escola todos os dias. “Para
mim a importância é enorme, porque não consigo comer em casa antes de ir para a
escola. É o lanche me salva durante toda a manhã, dando mais estímulo para os
estudos”, comenta. As escolas de tempo integral recebem mais recursos para
merenda escolar porque oferecem três refeições por dia.
VARIEDADE
De acordo com a gerente de Alimentação Escolar da Seduc,
Terezilda Melo, cada escola elabora seu próprio menu da merenda sob a análise e
posterior aprovação do cardápio por parte de uma equipe de nutricionistas da
pasta. Nesse processo, os gestores são orientados a priorizar os hábitos
alimentares, a cultura e as tradições relativas à alimentação da localidade. No
cardápio das escolas quilombolas, por exemplo, é servido cuscuz, alimento comum
na região e bem aceito pelos estudantes.
Ainda, 30% dos alimentos adquiridos para o preparo da
merenda vêm da agricultura familiar, como forma de valorizar a economia local e
auxiliar na renda de pequenos produtores rurais da região. Segundo Terezilda,
há um cuidado especial com os estudantes que vivem na zona rural e fazem longas
viagens. “Esses alunos, que usam o transporte escolar, recebem uma ou duas
refeições a mais do que os outros estudantes visando a segurança nutricional”,
complementa.
Nas escolas agrícolas são ofertadas cinco refeições ao longo
do dia. No Colégio Estadual Indígena Cacique José Borges, na Aldeia do
Carretão, em Rubiataba, utiliza-se ingredientes oriundos da horta da própria
unidade. Segundo a merendeira Gracielle Chaves, são cultivados cheiro verde,
couve, mandioca, maracujá, entre outros.
MERENDA É JANTA
Estrogonofe e feijoada são os pratos de merenda favoritos da
auxiliar de serviços gerais Simone Cíntia de Oliveira, que cursou o EJA no
Colégio Estadual Jardim Vila Boa, em Goiânia. Ela e a maioria dos colegas iam
para a escola direto do trabalho. “Na
escola, quando sobrava, eu chegava a repetir de duas a três vezes. Agradeço a
cada um pois isso foi muito importante para que eu chegasse até o final”,
explica. Acerca dessa realidade, a nutricionista da Seduc, Camila Tavares,
pontua que a maioria dos alunos da modalidade trabalha o dia todo: “Então,
geralmente para essas turmas serve-se mais janta mesmo, que é o que sacia”.
INVESTIMENTO
Neste primeiro semestre, o Fundo Nacional de Desenvolvimento
da Educação (FNDE) repassou R$ 55,1 milhões reais para a merenda. O recurso é
complementado pelo Estado, que investiu R$ 31,4 milhões via Fundo Protege. O
Fundo, instituído pela Lei Estadual 14.469, de 16 de julho de 2003, tem
objetivo de combater a fome e a pobreza por meio de ações de nutrição,
educação, saúde, habitação, reforço da renda familiar e outros programas de
interesse social.
Fotos: Seduc – Secretaria de Estado da Educação – Governo de
Goiás
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