Alguns dos muitos que são pré-candidatos em Jussara: Wilson
Santos,
Ricardo Nascimento, Juesmar Garcia, Arthur Junqueira, Nilson Gomes,
Cheiro do Juvêncio e Deusdete Barbosa
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Está se tornando comum um chefe de Poder Executivo
Municipal, em condições de buscar a reeleição, dispensar esse direito. Na
região do Oeste Goiano já temos outros exemplos. Também em Jussara isso se
verifica. Tatiana Ranna dos Santos (PSB) já tomou essa decisão. Em tempos de
crise, os prefeitos estão com dificuldade para, além de cuidar do rotineiro em
uma gestão, ainda mostrar algumas obras, as quais, sem elas, a avaliação
popular, que cobra muito, não qualifica bem o gestor. Tatiana foca sua preocupação
em fechar as contas de sua gestão, cumprindo bem a Lei de Responsabilidade
Fiscal e abre mão de tentar a reeleição.
Talvez em razão da prefeita Tatiana não ir à reeleição é que
proliferam nomes de pré-candidatos a prefeitos. São muitos. Alguns, do grupo
próximo à ela. Tatiana já sinalizou que pode até adotar postura de neutralidade
no processo sucessório, dependendo do cenário que se formar. Nestas eleições 2016, para prefeito de
Jussara, Tatiana pode apoiar o Juesmar Garcia (PTC), Arthur Junqueira (agora no
DEM), Nilson Gomes (PP) ou Leontino Costa, o Cheiro do Juvêncio (PSDC). Estes
são vereadores e que fazem parte de seu grupo. Só que a prefeita pediu a eles
juízo, frisando que precisam se decidir entre eles por um nome só, do que seja
mais eleitoralmente mais forte. Tatiana já afirmou também que não tem
restrições a Wilson Santos (PSDB) ou Deusdete Barbosa (agora no PRTB). Os dois
são políticos de longa data em Jussara. Wilson chegou a ser prefeito quando da
cassação de Paulo Carvalhaes. O nome dele está explícito na cidade como
pré-candidato a prefeito, acreditando na força tucana. Deusdete Barbosa é
vereador no sexto mandato e conhece bem a política de Jussara.
Um nome de pré-candidato a prefeito bem escancarado ao povo
de Jussara é de Ricardo Nascimento. É um vereador combativo pelo PMDB e que
sempre cobrou moralidade e eficiência de serviços públicos. Mas agora trocou de
lado. Foi para o PSDC. Resta saber como o povo que acompanha ele reagirá a essa
mudança, já que a legenda do PMDB tem público fiel e tradicionalista. E esse
partido, o PMDB, perdeu também um outro vereador: Marcio Aurélio Cabral de Melo
(Marcinho), que não aparece na lista de prefeituriáveis.
E essa lista de pré-candidatos é longa. Tem outros, a saber:
Ze Railton, prof. Claudio Barros (PTC), Orio Caetano (Palito) e o presidente da
Câmara, Juraci da Ambulância (PHS) e Anselmo Veículos (presidente do PR). O
jornalista Wellington Peres aparece em lista de pré-candidatos a prefeito. Ele
é do PDT, ligado a deputada federal Flávia Morais. Clézio Ascêncio Dias, o
vice-prefeito de Jussara, não definiu seu projeto político para esse ano. Ele é
um petista que poderá deixar o partido nos próximos dias.
Nessa reta final de prazo de troca de partidos, houve muita
movimentação em Jussara. São coisas que pesam na eleição deste ano. Além dos
que listamos acima, vale dizer também que o PT do B perdeu os dois vereadores
que tinha: Neto do Moto Taxi foi para o PHS e o Chiquinho da Nova Jussara foi
para o PP. Todo esse troca-troca confunde ainda mais o quadro.
E uma eleição em Jussara para prefeito não pode ser
analisada sem ser levado em conta duas forças externas importantes: Joaquim de
Castro e Claudio Meirelles. O primeiro é ex-prefeito, ex-deputado,
ex-secretário de Estado e atualmente conselheiro do Tribunal de Contas dos
Municípios. Não pode atuar político-partidariamente, mas uma manifestação de
preferência dele em bastidores pode alterar o quadro. O deputado Claudio
Meirelles também tem muita influência política em Jussara. Está calado sobre o
assunto. Se manifestar, pesa em favor de algum lado.
Portanto, o quadro sucessório em Jussara é de total
indefinição.