Ao todo, 119 produtos foram analisados pela entidade em 15 estabelecimentos de diferentes regiões de Goiânia
Com a proximidade do período de volta às aulas, cresce a
procura por materiais escolares nas papelarias e lojas do ramo. A
Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon Goiás)
realizou, entre os dias 20 e 27 de dezembro, uma pesquisa comparativa de preços
de 119 produtos com o objetivo de informar os compradores sobre produtos em
valores mais acessíveis.
Ao todo, 15 estabelecimentos de diferentes portes foram
vistoriados, de forma presencial e aleatória, por equipes técnicas do Procon
Goiás em diversas regiões de Goiânia, como os setores Central, Campinas, Oeste,
Nova Suíça, Bueno, Morada do Sol, dos Funcionários e Vila Nova. A diferença
mais alta de preços atingiu 441,67%, notada no valor da caneta esferográfica,
encontrada entre R$ 1,20 e R$ 6,50. Lancheira (373,26%), apontador simples
(366,67%), pincel de pintura com cerda chata (345,67%) e apontador de plástico
com furo e depósito (297,50%) fecham a lista das cinco maiores variações.
Ainda de acordo com a pesquisa, produtos como giz de cera
fino (82,63%), caneta esferográfica (58,70%), cola líquida branca (57,14%),
tela para pintura (55,35%) e bloco de papel colorido (45,61%) apresentaram as
maiores variações na média de preços em comparação com o mesmo período de 2022.
Por outro lado, borracha branca (-11,26%), TNT fino (-10,84%), lápis preto
número dois (-9,22%), caixa de tinta guache (-5,30%) e lapiseira (-4,46%)
tiveram queda no valor.
O Procon Goiás orienta pais, mães e responsáveis que
produtos como álcool, tinta para impressora e papel higiênico não podem ser
cobrados na lista de material escolar, uma vez que são de responsabilidade da
instituição que já recebe o valor da mensalidade para o custeio. Apenas itens
ligados ao processo didático-pedagógico dos estudantes, de preferência que
tenham durabilidade, podem ser solicitados. Além disso, a unidade de ensino não
pode exigir marca, modelo ou estabelecimento comercial exclusivo para a
aquisição deles. Já sobre uniformes, a venda pode sim ter exclusividade, desde
que a escola não incorra em prática abusiva na cobrança.
DICAS
Usar o tempo a favor é uma boa saída para encontrar melhores
preços, afirma o Procon Goiás. Pesquisas feitas com antecedência podem auxiliar
na preservação do orçamento familiar. Procurar lojas que concedem descontos em
compras volumosas também é um trunfo positivo neste momento. Além disso, se
possível, evite levar as crianças para o momento da compra, uma vez que elas
têm tendência a desejar produtos de marca e da moda, geralmente mais caros e
nem sempre de qualidade.
Outra observação a ser feita é sobre produtos do ano letivo
anterior que ainda podem ser reaproveitados. Compras no mercado informal podem
gerar dor de cabeça, mesmo com preço mais em conta. Exija sempre nota fiscal,
fundamental em caso de vícios, e analise se os produtos a serem adquiridos
contam com informações precisas em língua portuguesa, prazo de validade,
identificação e o endereço do importador de forma explícita. O prazo para
reclamações sobre danos varia de 30 dias para produtos não duráveis e 90 dias
para os duráveis.
Os dados completos sobre a pesquisa comparativa podem ser
encontrados no site do Procon Goiás (procon.go.gov.br).
Fotos: Procon Goiás/Secretaria de Comunicação - Governo de
Goiás
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